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  • Foto do escritorDra Catarina Capela

Os efeitos da Luz Azul na pele

Atualizado: 14 de fev. de 2019





A radiação solar que aquece a Terra é uma luz intensa e branca, mas composta por várias outras tonalidades de cor, cada qual com um comprimento de onda específico. Quando o sol penetra na atmosfera, ele atravessa os átomos de nitrogênio e oxigênio, e nesse ambiente, ele se quebra nas cores do arco-íris.





A luz azul, também conhecida como High Energy Visible ou HEV light, é uma fração presente no espectro de cores da luz visível emitida pelo sol, e é a que tem o menor comprimento de onda. Por isso, na atmosfera, ela se dispersa melhor que as outras cores, chegando aos nossos olhos de forma mais fácil, e nos fazendo enxergar o céu dessa cor.  

Além do sol, outros aparelhos fabricados pelo homem também emitem radiação azul em quantidades significativas. Sao eles os tablets e smartphones, as telas planas de computador ou televisão e as lâmpadas de LED e de xênon.

A luz azul, independentemente de qual seja a sua fonte, pode causar dano à pele através da geração de radicais livres. Na verdade, ela é uma radiação que tem capacidade maior que o UVA e UVB de penetrar mais profundamente na pele atingindo a derme e destruindo fibras colágenas e elásticas. Sendo assim, a proteção contra os raios UVA e UVB não é mais suficiente, Com a geração do milênio checando seus telefones em média 150 vezes por dia, e pessoas que ficam na frente da tela de um computador mais de 10 horas diariamente, vivemos muito mais expostos à luz azul . Para se ter uma noção, gastar 32 horas de trabalho semanais à frente de uma tela de computador é como ficar tomando 20 minutos de sol do meio-dia.

Outra maneira pela qual a luz azul pode estar nos envelhecendo é através da indução da pigmentação e aparecimento de manchas. Estudos indicam que a luz visível também pode ser mais ativa na indução de pigmentação em comparação radiação UV.

Atualmente, existem filtros solares que são eficazes para proteger nossa pele tanto dos raios ultravioleta quando do espectro da luz visível, incluindo nisso a luz azul.

Mas além danificar a pele, a luz azul também prejudica a nossa visão. Embora tenha menos energia do que a radiação ultravioleta, ela não é filtrada ao passar pelo olho e atinge a retina. Por outro lado, a luz ultravioleta é praticamente toda absorvida pela parte frontal do olho e menos de 5% dela alcança a retina. A luz azul acelera a formação de um retinal tóxico dentro do olho que dissolve as membranas dos foto-receptores e, com o tempo, os mata, levando à degeneração macular, uma das causas mais comuns de cegueira em idosos. Com o aumento da exposição de pessoas de várias idades a quantidades maiores de radiação, é esperado que essa doença comece a parecer mais cedo.

Tablets, smartphones e outras telas digitais não estão mudando somente o espectro de luz a que estamos expostos mas também estão mudando nosso comportamento visual. Passamos mais tempo olhando as coisas “de perto” do que fazíamos anos atrás, o que para as crianças , que ainda têm sua visão em desenvolvimento, traz mais malefícios. Tem havido um aumento da dita “miopia escolar” relacionada à maior propensão das crianças em ter miopia assim que entram na escola. Quando deixamos de dedicar um tempo suficiente a olhar para longe, nossos olhos não têm muitas oportunidades de relaxar e “desaprenderemos” a focar rapidamente a várias distâncias. Isso causa a “tensão digital dos olhos”. Além disso, naturalmente piscamos menos quando estamos olhando fixamente para telas digitais e, com isso, a córnea fica mais seca o que leva à tensão e cansaço ocular. A tensão digital dos olhos caracteriza-se por visão embaçada, dificuldade de manter o foco num ponto, olhos secos e irritados, dor de cabeça e pescoço e costas.  

Outro efeito maléfico da luz azul durante o período da noite é a interrupção do ciclo circadiano e causando assim dificuldades durante o sono.

Recomenda-se, portanto, usar lentes anti UV uma vez expostos ao sol, dar intervalos de descanso de 20 segundos olhando para pontos distantes a cada 20 minutos de trabalho ao computador, tablet ou celular, usar colírios de lágrimas artificiais e expor os olhos a um nível de brilho baixo dos aparelhos para protegê-los adequadamente contra o excesso de luz azul. Óculos de lentes amarelas também podem ser usados para neutralizam o comprimento de onda azul.


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